O conceito de família se transformou com o passar do tempo e com a evolução da sociedade. Os casais homoafetivos muitas vezes recorrem à adoção para constituir suas famílias, mas as técnicas de reprodução assistida possibilitaram que eles as formem também com a sua carga genética.
Para casais homoafetivos femininos, ambas podem participar, com a captação de óvulos de uma mulher, que serão fertilizados com sêmen de doador anônimo, escolhido de bancos de sêmen nacionais ou internacionais, e o embrião formado pode ser transferido para o útero da parceira, sempre por meio de uma FIV.
A escolha de quem irá gestar e de quem serão os óvulos é de competência do casal, após avaliado e orientado sobre os riscos individuais. Além disso, existe a possibilidade de ambas amamentarem com estímulos hormonais.
Tratamentos possíveis
É possível realizar uma inseminação artificial, em que uma das mulheres será induzida a ovular e inseminada com o sêmen de doador anônimo e, portanto, ela quem engravidará. Este é um tratamento considerado de baixa complexidade.
O casal também pode optar pela FIV (fertilização in vitro), para que uma mulher seja estimulada a produzir óvulos que serão captados e injetados com espermatozóides de um doador anônimo em laboratório, para formar embriões que podem ser implantados na própria ou na parceira. Este é um tratamento considerado de alta complexidade.
Para casais homoafetivos do sexo masculino, o processo é mais complexo, com a necessidade de óvulos doados e também de uma mulher para receber o embrião. Este procedimento é chamado de útero de substituição.
O tratamento realizado é a FIV com os espermatozóides de um homem do casal que fertiliza os óvulos doados, de forma anônima, formando o embrião. Esse embrião precisa ser implantado em um útero solidário ou de substituição, que pode ser de algum parente próximo até 4º grau, após liberação do CFM (Conselho Federal de Medicina). O CFM veta a mistura de gametas de parceiros do mesmo sexo.
Taxa de sucesso
A taxa de sucesso dos tratamentos em casais homoafetivos tende a ser maior do em casais heterossexuais tratados, provavelmente por não terem fatores de infertilidade. Desde 1985 são realizados estudos analisando as crianças criadas por casais homoafetivos e a maioria dos trabalhos sugere que o bem-estar, desenvolvimento e adaptação das crianças não diferem dos filhos de casais heterossexuais.