A insuficiência da fase lútea é uma disfunção que pode ser avaliada e tratada para que a gravidez ocorra. Para isso, é importante estar acompanhado de um médico especialista em infertilidade que possa investigar se outras condições clínicas podem estar envolvidas, como endometriose, SOP, hipotireoidismo etc.
No ciclo menstrual, a fase lútea ocorre logo após a ovulação e é o momento em que o endométrio adquire receptividade para possibilitar a nidação, quando o embrião se prende à mucosa intrauterina. A progesterona precisa estar em níveis elevados neste momento, fator indispensável para a implantação embrionária.
Além disso, após a implantação do embrião começa a ser produzida a gonadotrofina coriônica humana, o hormônio hCG, que mantém o corpo-lúteo ativo. Depois de formada a placenta, é ela quem irá garantir os níveis necessários de progesterona, hormônio essencial para a manutenção da gravidez.
Quem sofre com a insuficiência da fase lútea pode ter leves sangramentos vaginais antes da menstruação, aumento lento ou baixo da temperatura corporal basal após a ovulação, dificuldades para engravidar e sofrer com aborto espontâneo recorrente.
O tratamento será definido pelo médico de acordo com o histórico clínico de cada paciente, mas pode incluir:
- Estimular o crescimento folicular, com tratamentos como citrato de clomifeno ou gonadotropina da menopausa humana (hMG);
- Prescrição de hCG suplementar para melhorar a secreção de progesterona do corpo lúteo; ou
- Prescrição de progesterona adicional (por injeção, por via oral ou por supositório vaginal) após a ovulação.
Em alguns casos pode ser necessário optar pela reprodução assistida, desde o coito programado, inseminação artificial ou fertilização in vitro. O mais importante é estar acompanhada de um médico especialista em fertilidade da sua confiança para uma investigação ampla de todo histórico do casal antes de definir o tratamento recomendado.
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